O grande aporte de pacientes portadores de sintomas de doenças da tireóide oriundos da cidade de Cabaceiras, PB, ao Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário de Campina Grande, despertou o interesse de pesquisadores das Universidades Federal da Paraíba (UFPB/UFCG) e da Bahia (UFBA) e do Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (CEDEBA). Os cientistas procederam a estudo comparativo entre duas amostras populacionais, sendo uma representativa da área rural com sintomatologia e o segundo composto de moradores da área urbana, sem queixas. Foram avaliados os níveis de T3, T4 e TSH, de Anticorpo-antiperoxidase (Anti-TPO) e ultrassonografia da tireóide. Também se usou como parâmetro a origem da água e do sal de cozinha e o consumo de mandioca, considerados como fatores bociogênicos. Encontrou-se um índice de prevalência de tireopatias considerado elevado nos dois grupos populacionais, entre estas, casos de hipo e hipertireóidismo por deficiência de iodo e auto imunes. As principais conclusões do estudo ainda dão conta de que: “há predomínio no grupo racial branco e no gênero feminino, e que a história familial de disfunção tireoideana, sobretudo na zona rural, associada aos fenômenos de auto-imunidade, pode sugerir um caráter genético à origem do problema. Entretanto, a co-participação de fatores ambientais e/ou nutricionais não pode ser excluída, merecendo estudos regionais posteriores, que levem em consideração as características culturais e sociais do Nordeste brasileiro”.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000500008
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