Um marcador biológico, cuja presença pode identificar as gestantes com maiores riscos de sofrerem da depressão pós-parto, foi descoberto pela equipe do professor Victor Pop, da Universidade de Tilburg, na Holanda. Os pesquisadores investigaram a presença anticorpos anti-tireóide em 310 mulheres, durante toda a gravidez e até 36 semanas após o parto. Eles concluíram que mulheres com determinados tipos de anticorpos, têm até 3 vezes mais chances de desenvolverem a doença, do que as que não apresentaram estes anticorpos. “Os bebês de mulheres que tiveram os anticorpos elevados durante a gestação têm maior risco de desenvolver atrasos no desenvolvimento, se não forem medicados logo as primeiras semanas após o nascimento”, dizem os pesquisadores. A importância do teste é destacada pelos autores, ao afirmarem que tal depressão atinge 15% do total de gestantes, e a previsão dos casos de risco, se o teste seja feito até 12 semanas do início da gestação, pode aumentar a efetividade de prevenção. No Brasil, a Dra. Maria Fernanda Barca pesquisadora do Hospital das Clinicas da FMUSP, São Paulo detectou a presença de anticorpos anti-Peroxidase (anti-TPO) em 15% de um total de 830 grávidas acompanhadas durante estudo. Após o nascimento, foi verificada a incidência de 13,1 % de tireoidite pós-parto nestas pacientes, tendo sido considerado baixo o índice de ocorrência de depressão. Segundo a autora “é possível que outros fatores regionais tenham papel na eclosão da depressão pós-parto, fatores estes não relacionados à disfunção da tiróide”.
http://www.indatir.org.br/publicacoes.htm
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