sexta-feira, 31 de julho de 2009

Impacto da Iodoterapia I-131 Sobre Familiares, Residências e Rejeitos Radioativos

Cientistas da FMUSP em São Paulo, e do CNEN, do Rio de Janeiro, consideram que “os pacientes tratados com iodo-131 podem expor indivíduos que permaneçam no seu campo de radiação ou que sofram incorporação de atividades do radioisótopo excretadas por eles”.Com o objetivo de “determinar exposições decorrentes da radioiodoterapia ambulatorial do carcinoma diferenciado da tireóide (CDT) sobre os familiares dos pacientes e o meio ambiente”, submetidos à administração de 100 a 150 mCi de (131-I), a emissão radioativa, foi monitorada por 7 dias consecutivos, através da utilização de dosímetros termoluminescentes, implantados nos seus conviventes e nas residências. O impacto destas emissões foi avaliado, comparando-se os valores encontrados com 5,0 mSv que é considerado aceitável para familiares que auxiliam no cotidiano dos pacientes. As recomendações observadas para evitar a contaminação, foram as mesmas feitas rotineiramente aos pacientes desta terapia. Solicitou-se também, que nenhum dos agentes participantes da pesquisa alterasse sua rotina diária. Além do que, não foi restrito o acesso do doente a nenhum compartimento da residência. Como conclusão, os pesquisadores afirmaram que “não foi constatado impacto radiológico ao meio ambiente ou aos familiares de pacientes tratados ambulatorialmente e acompanhados por profissionais qualifcados”. Os autores consideraram ainda que “a possível normatização do tratamento em regime ambulatorial pelos órgãos competentes poderia tornar a radioiodoterapia acessível a maior número de pacientes, reduzindo custos tangíveis e intangíveis e podendo inserir fatores positivos para o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares”.

http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n3/v53n3a04.pdf