quarta-feira, 15 de julho de 2009

Abortamentos Gestacionais em Mulheres com Distúrbios de Tireóide Clinicamente Tratadas

Os distúrbios funcionais da tireóide são conhecidos como sendo o segundo acometimento endócrino em mulheres grávidas, ficando atrás apenas da diabete melitus. As afecções tireoideanas também são relacionadas a prejuízos na efetivação e manutenção da gravidez. Albetiri e col. (2007), pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram trabalho com o objetivo de avaliar e comparar os riscos de abortamento entre mulheres hipo e hipertireóideas diagnosticadas e sob acompanhamento endocrinológico, utilizando como parâmetro de comparação também, um grupo controle sem problemas na tireóide, testadas por exames específicos. “De acordo com a literatura, o risco de abortamento é maior em presença de hipotireoidismo não tratado e a terapia de reposição hormonal traz um bom resultado no que se refere à perda gestacional .No estudo atual, apesar de as pacientes hipotireóideas terem estado sob tratamento de reposição, a incidência de abortamento foi duas vezes maior que no grupo controle. Esse resultado permite questionar se o tratamento do hipotireoidismo foi de fato eficaz na prevenção de abortamento, ou se foi inadequado naquelas pacientes” dizem os autores. Quanto ao hipertireoidismo, a literatura não apresenta uma posição definida em relação aos abortamentos. Neste ensaio, não houve diferença significativa entre as hipertireóideas e as do controle quanto à taxa de abortamentos”. Eles concluem o artigo, salientando que a alta taxa de abortamentos pode estar relacionada ao tratamento em dosagem insuficiente de tiroxina e que o hipotireoidismo devidamente tratado não é impedimento para a capacidade reprodutiva e de levar uma gravidez a termo, desde que sob a terapêutica adequada.

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