Em artigo publicado pela revista americana Hepatology (maio 2009), pesquisadores do MD Anderson Cancer Center, divulgaram resultados de estudo atestando que mulheres com deficiências hormonais da tireóide têm três vezes mais chances de contrair câncer hepático do que as eutiroideas. A mesma relação não foi observada para os homens, por razões ainda desconhecidas. O risco pode aumentar para até 31 vezes se a mulher for, concomitantemente, diabética e portadora de hepatite B ou C. No Brasil, a reportagem da Folha Online, fonte desta notícia, ouviu a opinião de especialistas como a Dra. Ana Luiza Maia, chefe do Setor de Tireóide do Hospital das Clínicas de Porto Alegre: " Existem alguns estudos que relacionam o hipotireoidismo com problemas hepáticos mas, nenhum trouxe uma associação direta entre a disfunção e o risco de câncer” Faz uma ressalva, entretanto, na qual diz que o estudo não deixa claro se as pacientes que tratam adequadamente o hipotireoidismo também têm o risco aumentado. A Dra. Laura Sterian Ward, vice-presidente do Departamento Nacional de Tireóide da SBEM, diz que os resultados apresentados "parecem reais estatisticamente". Mas avalia que: “os pesquisadores não dosaram os hormônios TSH e T4 no grupo controle para confirmar a existência da doença. Informação pessoal pode ter erro". Já para o Dr. José Fernández Coimbra, cirurgião oncológico e diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do Hospital A.C.Camargo, as conclusões do estudo podem servir como ferramenta para maior investigação de tendências e predisposição:"Não é todo o mundo que tem hipotireoidismo que vai ter câncer. Os dados são mais uma arma para prevenir o hepatocarcinoma, combinados ao tratamento da hepatite, do diabetes e do alcoolismo".http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u569887.shtml
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