quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Tireoidites: Tireoidite Aguda ou Supurativa


Tireoidites são doenças inflamatórias da glândula tireóide que podem advir de diferentes etiologias: devido à infecção por bactérias, fungos, protozoários ou outros microrganismos. Entre os sintomas estão inchaços com sensibilidade, febre e, freqüentemente, leucocitose (aumento transitório no número de leucócitos em um líquido corpóreo). A tireoidite pode ser classificada em: aguda (tireoidite supurativa), subaguda (granulamatosa ou de Quervain e linfocítica), fibrosa crônica (de Riedel), linfocítica crônica (doença de Hashimoto), transitória (pós-parto) e outros subtipos de tireoidite auto-imune.

Tireoidite aguda ou supurativa é uma rara doença infecciosa da glândula tireóide causada principalmente por bactérias dos gêneros Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. No entanto, outros agentes como os fungos Aspergillus sp.,Coccidioides immitis, Histoplasma capsulatum e Candida albicans e também parasitas como: Echinococcus granulosus, Strongyloides stercoralis e Taenia solium, podem causá-la. Na literatura médica são descritos casos raros de tireoidite causados por Salmonella typhi ou por Salmonella enteritidis. A infecção tireóidea geralmente é precedida por outros processos infecciosos em diferentes locais do corpo. A prevalência de sua ocorrência está entre as mulheres de 20 a 40 anos, crianças, idosos e os imunodeprimidos. “Pacientes com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) constituem uma população emergente para o risco de tireoidite infecciosa, especialmente com o advento das drogas inibidoras de proteases, que têm aumentado significativamente a sobrevida desses pacientes”. Porém, a pré-disposição para o acometimento é a presença de doenças tireoideanas anteriores, acontecendo de o agente infeccioso atacar unicamente a área previamente atingida. “A resistência da tireóide à infecção tem sido atribuída ao seu rico suprimento sangüíneo e linfático, à proteção anatômica oferecida por sua cápsula e pelas fascias que a separam das demais estruturas do pescoço, além da alta concentração de iodo encontrada no parênquima tireoideano, o que possivelmente apresenta ação bactericida. A concentração sanguínea dos hormônios da tireóide geralmente mantém-se inalterada durante a doença. O exame de ultrassonografia pode determinar e diferenciar a tireoidite infecciosa dentre outros tipos. Geralmente entre os sintomas, a dor está presente e além dela, febre, disfagia (falta de apetite), disfonia (dificuldades na fala), calafrios, sudorese e toxemia (intoxicação sanguínea). O tratamento, comporta além das medidas de suporte como antitérmicos, o uso de antibióticos. Alguns casos, faz-se necessária a drenagem do foco inflamatório, ou até mesmo a ressecção da parte infectada da glândula por meio cirúrgico.

Saiba mais em :

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias.php?noticiaid=8402&assunto=Endocrinologia/Glândulas

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