sexta-feira, 19 de junho de 2009

Tireoidectomia Total Como Prevenção ao Câncer Medular de Tireóide

A retirada profilática da glândula tireóide em portadores de alterações genéticas mutacionais que levam ao surgimento do câncer medular, tem sido adotada por cirurgiões brasileiros de cabeça e pescoço. A partir da descoberta e aplicação de teste genético que detecta uma mutação no gene RET, que identifica a predisposição do indivíduo à forma hereditária deste câncer, alguns laboratórios no Brasil já realizam este exame, para o qual é bastante uma amostra do sangue. Porém, por enquanto, os custos ainda são elevados e não está disponível na rede pública de saúde. Segundo diz Dr. Luiz Paulo Kowalski, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital do Câncer, em São Paulo, antes de o exame chegar ao país “tínhamos de mandar para os Estados Unidos, os resultados demoravam meses para chegar e o paciente acabava desistindo”. O Dr. Sérgio Toledo, da Unidade de Endocrinologia Genética do HC, explica que “outra maneira era analisar o nível do hormônio calcitonina no sangue (no câncer medular, a tireóide produz quantidades excessivas desse hormônio). Mas a margem de erro era alta, de cerca de 5%.” O teste genético, tem 0,2% de chance de erro. Os resultados ficam prontos em poucas semanas. A transmissão da mutação é feita só entre parentes de primeiro grau. Essa possibilidade é alta: 50%. Isso significa que filhos, pais e irmãos de quem sofre da mutação têm 50% de chance de ter o câncer medular.” Os médicos afirmam ainda que este tipo de câncer apresenta baixa resposta à quimioterapia mas, com índice de sobrevida, chegando a 70%, que com a tireoidectomia se eleva para 100%.

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