Diferença Étnica na Prevalência do Hipotireoidismo

Os afro-americanos têm sido considerados como portadores de baixa prevalência para o hipotireoidismo. Sichieri e colaboradores desenvolveram pesquisa, publicada na revista Clinical Endocrinology, com o objetivo de contribuir para o entendimento desta diferença étnica. O Brasil foi escolhido como local de estudo devido ao alto grau de miscigenação racial de sua população permitir a investigação da possível interferência de fatores ambientais nesta prevalência. Foi selecionada uma amostra populacional de 1500 mulheres da cidade do Rio de Janeiro, nas quais foram mensurados os níveis de TSH, anticorpos anti-TPO e T4 Livre. Para caracterizar o hipotireoidismo foi considerado o TSH > 4 mUI/ml ou aquelas que faziam uso de reposição com levotiroxina. A prevalência foi de 8% entre as negras, 9% entre as mulatas e 16% entre as brancas. Ainda, separadas em grupos por idade, faixa de renda, uso de cigarro e presença de anti-TPO, as negras e mulatas mostraram menores índices de hipotireoidismo do que as brancas. Como conclusão, os pesquisadores afirmam que pela primeira vez ficou demonstrado que as mulatas apresentam prevalência intermediária para o hipotireoidismo entre negras e brancas, independente do anti-TPO e do fumo.

http://pt.wkhealth.com/pt/re/clen/abstract.00003033-200706000-00007.htm;jsessionid=KrQGt8711p1JN9hJVZMZrwHypbpXyw5kLq8wQL62m5KtKRkBxp00!-1260103914!181195628!8091!-1